Por Flávio Schuh
É muito comum, principalmente nos momentos difíceis da vida, questionarmos o porquê das coisas, ou o porquê das nossas dificuldades, dos nossos problemas. Ás vezes, perguntamos em pensamento: por que comigo, meu Deus? Ou, o que eu fiz para merecer isso? E assim, nos escondemos atrás do vitimismo, e o sofrimento passa a ser o foco principal da experiência, enquanto o aprendizado fica em segundo plano.
A pergunta mais adequada para fazermos nessas situações seria “para que”, ou seja: para que está acontecendo isso comigo? Pois, se nada na vida é por acaso, tem sempre um “para que” nas coisas que acontecem. Cada experiência em nossas vidas tem um objetivo, tem um significado maior. E o “para que” busca elucidar, sem vitimismo, a motivação daquele acontecimento, ciente de que existe um propósito maior em nossas vidas, a nossa evolução moral e espiritual, nos aproximando de Deus, nosso Criador.
Carl Gustav Jung, famoso psiquiatra e psicoterapeuta, disse: “Aqueles que não aprendem nada sobre os fatos desagradáveis de suas vidas, força a consciência cósmica para que os reproduza, tantas vezes quanto seja necessário, para apreender o que ensina o drama que lhe aconteceu. Quando se nega esse aprendizado se estaciona evolutivamente e quando se aceita, nos transformamos.
E assim a Vida, o Universo, ou Deus, nos ensina a cada momento, para nos transformar em pessoas melhores. Chico Xavier, em sua humildade e sabedoria, esclarece: “Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar.
Quando os portugueses desembarcaram na nossa terra, aqui já havia uma população de cerca de 3 milhões de habitantes, com idade genealógica (capacidade mental) semelhante aos demais povos do planeta, porém, com baixo índice de desenvolvimento.
Como se explica isso? E a resposta é simples: porque a natureza era farta e benevolente, e não necessitavam de grandes esforços para sobreviver. Enquanto isso, povos que enfrentaram grandes dificuldades como a fome, as guerras, e grandes epidemias, desenvolveram diversas tecnologias, a medicina, a navegação, entre outras grandes invenções. Justamente porque a vida impôs dificuldades e exigiu assim, grandes esforços de aprendizagem e crescimento!
Em nossas vidas acontece de forma semelhante, é preciso entender que nada é castigo ou, punição, mas sim, uma necessidade que faz com que cada pessoa atraia para si o tipo de experiências que necessita vivenciar. As lições surgem como situações diversas, problemas, dificuldades e, principalmente, na dor, que se apresenta como um professor nos mostrando qual o melhor caminho a seguir.
Quando nos revoltamos, insistindo no vitimismo e na não aceitação, perdemos a oportunidade de crescer e evoluir. E, em consequência, necessitaremos retornar para novas experiências futuras e, experienciar novamente as lições mal resolvidas, até que uma mudança aconteça de dentro para fora, nos transformando em pessoas melhores. E, assim, a vida vai gradativamente nos aproximando de Deus (em cada reencarnação), até alcançarmos o estado de perfeição.
Assim, devemos trocar a pergunta que fazemos de maneira errada, não mais “POR QUE” isso acontece comigo e, sim, “PARA QUE” isso está acontece e, quais os ensinamentos que me trazem.
FIQUEM COM DEUS!