Solenidade de abertura do 15º Festival Internacional de Vôlei Cidade de Estrela ocorreu sexta-feira

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Ônibus e vans, em deslocamentos pelas ruas de Estrela. Também carros e outros veículos. Lotados, eles levam meninas uniformizadas e com alturas acima da média de um ginásio para o outro. A imagem, que se tornou comum não apenas nas ruas do município, mas também em restaurantes, lojas, hotéis, colégios e outros ambientes, iniciou já na quarta-feira (15) e assim se estenderá até domingo (19). Tudo ocorre em torno do 15º Festival Internacional Cidade de Estrela de Vôlei Feminino, maior competição de base nas quadras do Brasil, cuja abertura ocorreu na tarde desta sexta-feira (17), na presença das mais de 1.3 mil atletas de 12 a 18 anos, representantes de 82 times de seis estados do Sul e Sudeste do Brasil e também da Argentina.

A competição, uma promoção da Associação Vale do Taquari de Esportes (Avates) e Colégio Martin Luther (CML), em parceria com o Governo de Estrela, através da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer (Setcel) e demais parceiros, conta com a chancela da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Na abertura, no ginásio Cristo Rei, atletas, comissões técnicas e familiares deram um bom sinal da confraternização que é marca registrada da competição. Juntos, dançaram em um pré-aquecimento, pularam, sorriram. Também aplaudiram as 39 delegações participantes citadas pelo cerimonial, ouviram os hinos de Brasil e Argentina – a presença de outros países ficou prejudicada este ano pelas crises econômicas –, prestaram o tradicional juramento do atleta e ouviram os discursos das autoridades presentes, entre eles o presidente da Federação Gaúcha de Vôlei, Carlos Alberto Cimino.

Campeão Olímpico

A presença de clubes tradicionais do vôlei, como Sogipa-POA e Pinheiros-SP, ou mesmo de outros ligados ao mundo do futebol mas que também investem muito nas quadras, como os cariocas Flamengo e Fluminense, trouxeram a Estrela dezenas de técnicos e demais integrantes de comissões técnicas, inclusive da CBV. Na abertura do evento, mais ao fundo, de pé, escorado em um poste de uma das quadras, estava ele. À altura de seus 2,01m, ao levantar a mão para fazer o juramento do atleta, Paulo André Jukoski, ou ‘Paulão’ como ficou conhecido no mundo do vôlei, supera fácil a rede que muitas meninas precisam pular para alcançar. Pais presentes ao evento, pessoas mais experientes e mesmo as jogadoras, indicadas por seus treinadores, apontam e sorriem ao identificar o ex-campeão olímpico. Integrante da primeira seleção brasileira masculina de vôlei campeã olímpica, em Barcelona-1992 (participou ainda das olimpíadas de Seul-1998 e Atlanta-1996 – 15 anos de seleção), Paulão veio a Estrela acompanhando seu clube: o Vôlei5 – Escola de Vôlei, de Florianópolis. Não é a primeira vez.

Sorridente, Paulão se diz feliz pela oportunidade proporcionada pelo festival e por poder estar presente, mais uma vez, em Estrela. “Vim aqui, para este mesmo festival, outras vezes, mas então como pai, acompanhando de minha filha, Pietra, que jogava. Fico feliz por retornar agora dentro da quadra, não como atleta é claro, mas como técnico de minha equipe sub-16. Muito jovem ainda, mas que estamos investindo, inclusive em experiência, e por isso nem pensei duas vezes antes de garantir presença aqui”, explica. “É uma alegria muito grande, posso garantir, de estar aqui, em um evento com uma estrutura tão bacana em uma cidade muito identificada com o festival, o vôlei e o esporte e colhendo o que eles geram. Vocês estão de parabéns”, frisa.

Frio e sotaque

A temperatura durante a abertura não baixava dos 20º. Com milhares de pessoas presentes, era ainda maior. Ainda assim, muitas atletas vestiam mais roupas e agasalhos que outras. Foi fácil identificar quais eram dos times do Sudeste do País. “Faz muito frio aqui”, diz Gabriela Gaglianone, de 15 anos, integrante do Grajaú Country Club, do Rio de Janeiro. Mas ela vai além no que diz respeito à sua participação. “Está sendo muito legal. É a primeira vez que saio do Rio. Estrela é bonita, bem organizada, calma. O sotaque chama a atenção. Estou me divertindo, conhecendo muita gente, e é claro, fazendo o que adoro, que é jogar vôlei”, afirma.

Paulo Eduardo Freitas é assistente técnico e psicólogo do mesmo clube. Ele fala da qualidade técnica do evento. “O festival é nivelado por cima. Não há equipe, com poucas exceções, que vence outra com muita facilidade. No Rio temos poucos clubes. Aqui há essa dimensão de equipes, e esse intercâmbio de experiências e modelos de jogos é muito importante”, comenta. “Sem ser piegas, é fantástica a organização. Já fui a outros campeonatos pelo Brasil que você não encontra de positivo o que se tem aqui, como por exemplo resultados de partidas, tabelas de jogos quase que instantâneos, ótimos lugares para jogar, deslocamentos fáceis, além disso tudo ocorrer tudo em uma cidade limpa, tranquila, segura, com muitos e lindos espaços públicos e verdes”, completa.

Centenas de partidas

Ao todo serão 327 partidas programadas para ocorrerem diariamente em sete quadras de quatro ginásios (Ito Snel, Centro Comunitário Cristo Rei; Soges Centro e Ensino Médio) por três categorias que envolvem três faixas etárias de 12 a 18 anos: sub-14 (2009/10); sub-16 (2007/08); sub-19 (2004/05/06). As finais estão agendadas para o domingo (19), dia de premiação e encerramento

Créditos: Rodrigo Angeli/ AI – Prefeitura de Estrela/divulgação

 

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