Reconstrução é foco da Prefeitura três meses após a maior enchente registrada em Lajeado

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on telegram

Lajeado – Após as medidas emergenciais de acolhimento das famílias atingidas pela enchente e depois de realizado o trabalho inicial de limpeza da cidade com a liberação de vias, a Prefeitura de Lajeado executa novas estratégias três meses após a maior enchente enfrentada pelo município. A atuação para a reconstrução da cidade é realizada em eixos: na área da habitação, na recuperação de espaços e prédios públicos, na economia, na infraestrutura e na mobilidade.

Com 400 casas já encaminhadas para construção e apenas um abrigo ainda ativo com seis pessoas, as conexões com os demais municípios foram sendo restabelecidas, e o município trabalha para recuperar o bem-estar e a qualidade de vida para os moradores da cidade.

– Estamos focados na reconstrução. Ainda temos muito a fazer, mas aos poucos vamos evoluindo. As vias de ligação entre as cidades estão sendo refeitas, os serviços municipais estão todos operando, não temos crianças fora da escola e as primeiras casas da iniciativa privada estão em construção. Em três meses, já fizemos muito e temos a convicção de que logo a cidade estará como era antes, bonita e bem cuidada – diz o prefeito, Marcelo Caumo.

No pico da cheia, no dia 02/05 quando o rio Taquari atingiu 33,35m, a Prefeitura de Lajeado chegou a ter 10 espaços abrigando mais de 1.300 pessoas. Cerca de 16% do território de Lajeado foi afetado pelas águas. Aos poucos, as famílias retornaram para suas próprias residências, ou para a casa de amigos ou parentes, e também foram sendo encaminhadas para residências em casas de passagem ou se encaminharam para o programa de aluguel social do município. Agora, apenas seis pessoas solteiras permanecem abrigadas no Ginásio do bairro Conservas aguardando encaminhamento definitivo.

– O município sempre se preocupou com a boa gestão dos recursos. Este cuidado permitiu que agora pudéssemos estar pagando casa para mais de 900 famílias terem um local seguro para morar. Investir no aluguel social foi a melhor forma que encontramos para dar um lar a estas pessoas enquanto as casas definitivas vão sendo construídas – explica a vice-prefeita Gláucia Schumacher.

Para atender as famílias, a administração municipal mantinha os abrigos abastecidos com alimentação diária (café, almoço, lanche e janta), água, e os abrigados atendidos com roupas, colchões, cobertores e outros itens necessários. Além disso, a administração também trabalhava para a retomada das famílias para residências permanentes ou temporárias.

Pessoas atingidas pela cheia ainda podem buscar suporte no Centro Especial de Apoio aos Atingidos pelas Cheias (Ceapac) para realização de cadastros em programas sociais ou para retirada de doações. O Ceapac está localizado ao lado da Secretaria do Desenvolvimento Social, na Avenida Benjamin Constant, 420, Centro, na antiga sala do restaurante Caixeiral, em frente ao Colégio Madre Bárbara. O horário de atendimento é de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 16h45, e na sexta-feira, das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia.

Investimento mensal de mais de R$ 900 mil em aluguel social

Após a enchente de 2023, o município aprovou a Lei nº 11.615, de 13 de setembro de 2023, que autorizava o pagamento de aluguéis sociais às famílias atingidas pela cheia no valor de até R$ 1 mil por mês pelo prazo de seis meses. Um projeto de lei prorrogou o prazo para mais 12 meses. Agora, em 2024, mais pessoas foram beneficiadas pelo aluguel.

No total, 916 famílias estão recebendo aluguel social pago com recursos do município, sendo 305 contratos referentes às cheias de 2023 e outras 611 famílias da cheia de maio de 2024.

 

Casas definitivas em andamento

Lajeado tem já assegurada a construção de 402 residências definitivas que serão destinadas à população atingida pelas enchentes. As obras são realizadas por meio de programas dos governos federal e estadual e também pela iniciativa privada. Emtodos os projetos, a Prefeitura é responsável por fornecer o terreno para a construção.

 

Como estão distribuídas as casas:

– 150 casas do programa Minha Casa Minha Vida/Calamidade – Do Governo Federal, referente a setembro de 2023. Os terrenos estão em processo de loteamento, e as casas já foram licitadas pela Prefeitura.

– 150 casas do programa Minha Casa Minha Vida – Do Governo Federal, referente a setembro de 2023. Os terrenos estão em processo de loteamento, e as casas já foram licitadas pela Prefeitura.

– 56 casas via Defesa Civil Nacional – Do Governo Federal, referente a setembro de 2023. As casas estão em processo de licitação.

– 30 casas do programa A Casa é Sua/Calamidade – Do Governo Estadual, referente a setembro de 2023. Os terrenos estão sendo preparados, e as casas já foram licitadas pelo Governo do Estado.

– 10 casas do programa Uma Casa por Dia (iniciativa privada), referentes a maio de 2024. As casas estão em construção em terreno cedido pela Prefeitura.

–  6 casas do Instituto Prover (iniciativa privada), referente a maio de 2024. As casas em construção em terreno cedido pela Prefeitura.

 

Limpeza e recuperação de espaços

Desde que a água baixou, a Prefeitura de Lajeado realiza a limpeza de vias e áreas públicas, recolhimento de lama e entulho, realiza operações de tapa buraco e de reconstrução de trechos asfálticos danificados pelas chuvas. Mais de 120 mil toneladas de entulho já foram recolhidas pela Prefeitura.

Já foram realizadas obras na avenida Décio Martins Costa, importante via do município, que teve o pavimento danificado após a cheia por conta de um arroio canalizado que passa sob ela. Já foi realizada a reconstrução da canalização e recolocação do pavimento.

Praças e parques já passaram por limpezas iniciais, mas muitos espaços ainda passarão por limpeza mais rigorosa e reconstrução, como o Parque dos Dick e o Ney Santos Arruda.

Diversos prédios públicos foram atingidos pela enchente. Duas escolas tiveram os alunos realocados para outros estabelecimentos por falta de condições de operação nos prédios antigos. As demais secretarias atingidas já foram reorganizadas e estão funcionando normalmente. Todos os alunos da rede municipal já estavam sendo atendidos poucos dias depois da enchente.

 

Infraestrutura e mobilidade

Na maior enchente do município, duas pontes que ligavam Lajeado a Arroio do Meio caíram com a força das águas do rio Forqueta: a da RS-130 e a histórica Ponte de Ferro.

A reconstrução da ponte de ferro e a reconexão entre as cidades foi uma iniciativa de empresas privadas da região, que se uniram para recolocar no lugar a ponte caída. A Prefeitura participou com apoio de maquinário para a execução da cabeceira no lado de Lajeado. Na nova ponte de ferro transitam veículos leves e tem mão única, o que possibilita a passagem de um único sentido por vez.

A reconstrução da ponte da ERS-130 está sendo viabilizada pelo Governo do Estado. Ela será reconstruída no mesmo local da anterior. As obras já iniciaram no local.

Uma ponte provisória está sendo concluída esta semana pelo Exército, na rua Romeu Júlio Scherer, no bairro Planalto. Com 60 metros de comprimento, a ponte terá capacidade para suportar até 80 toneladas e servirá para o tráfego de caminhões, ônibus e outros veículos com cargas pesadas. O município já investiu mais de R$ 200 mil na obra.

Jornal Nossa Gente também é impresso Gratuito

Leia também