Monumento na Linha Delfina, em Estrela vai homenagear, igreja, escola e antiga cooperativa

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Comissão se reúne para planejar os detalhes, e a obra deve ser inaugurada em 2024.

Uma comissão se reúne desde julho para planejar a criação de um monumento para celebrar a história da igreja da Comunidade Católica São Pedro, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Jorge Schmidt e da extinta Cooperativa Água Ardente Estrela LTDA, todos do Distrito da Delfina. O trabalho tem a participação do Governo de Estrela, através da Secretaria de Turismo Cultura Esporte e Lazer (Setcel) por meio do Memorial de Estrela, da Secretaria de Desenvolvimento Inovação e Sustentabilidade De (Sedis), da própria Emef Pedro Jorge Schmidt, do vereador Márcio Mallmann e de representantes dos moradores da localidade.

Esta comissão realizou a primeira reunião em julho, no Memorial de Estrela, para avaliação de detalhes para iniciar a construção do monumento. Um dos idealizadores é o ex-morador da Delfina, Clóvis Mallmann, hoje morador de Criciúma-SC. “Toda a minha família ainda mora na Delfina e sempre quando vou até lá, converso com moradores e a gente fala da cooperativa, que ficou por cerca de 40 anos sendo uma grande empresa, mas hoje entre os mais novos pouco sabem porque há escassos registros e nem o prédio existe mais”, afirma.

A antiga empresa contava com cerca de cem associados e era de grande relevância para a região, sendo fundada em 1935 e extinta em 1975. “O que comento sempre aqui quando a minha geração se for, simplesmente essa história vai morrer se não for feito algum registro histórico”, analisa. Já a Igreja Católica São Pedro Apóstolo foi construída em meados do ano de 1925. E a escola Pedro Jorge Schmidt era antigamente vinculada à própria Comunidade Católica e atualmente pertence à rede municipal.

  Para todos

Ele conta que a partir de então passou a conversar com lideranças da comunidade local sobre a ideia de fazer algum registro histórico maior, o que foi bem recebido por eles. “O passo seguinte foi conversar com o prefeito, que também gostou da ideia, e como também se envolveram pessoas da igreja e da escola, pensamos em aproveitar para também homenagear essas duas entidades”, detalha. O monumento terá três placas que homenageiam as três entidades, e para cada uma das entidades haverá um QR Code que ao ser acessado com os celulares, contará a história de cada uma das entidades.

A previsão é inaugurar o monumento que servirá de memorial com dados históricos em 2024, ano que coincide com o bicentenário da imigração alemã, já que a colonização na Delfina foi de predominância germânica.

O alambique que resistiu ao tempo na Delfina
Atualmente, o Alambique Collett é o único que ainda produz a bebida na localidade de Delfina e que fornecia para essa cooperativa. Rafael Collett, atual proprietário, conta que as atividades de fabricação começaram junto com a cooperativa em 1935. “O meu bisavô já produzia, mas o meu avô foi sócio da cooperativa, depois o meu pai esteve à frente dos negócios, e há alguns anos estou eu”. Ele ainda relata que hoje em dia, a produção é algo familiar. Mas ainda tem os barris e o moedor de cana no local que relembram a história”, conta.

Rafael guarda com carinho materiais que relembram a época da cooperativa, como o rótulo que estava nas garrafas da marca Ouro Estrela, que a extinta cooperativa comercializava. Ele guarda também uma das únicas fotografias do prédio da cooperativa e também documentos como notas da época em que forneciam o produto para a empresa. Depois de 89 anos de existência, de forma caseira a atividade ainda é realizada e a atual estrutura existe desde 1984 já que o antigo galpão do Alambique Collett, construído em 1935, mesmo ano da fundação cooperativa, acabou pegando fogo no ano de 1983.

Créditos: Júlio César Lenhard – Arquivo Governo de Estrela/Divulgação

 

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