Governo Federal assina contratos da compra assistida de imóveis para famílias atingidas pela enchente

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on telegram

Lajeado – Um presente de aniversário. Foi assim que Maria de Fátima da Silva, que completou 60 anos no dia 13 deste mês, recebeu o contrato de compra assistida de imóvel do programa do Governo Federal. Na manhã de sexta-feira, o Governo Federal, a Caixa Econômica Federal, o prefeito municipal de Lajeado, Marcelo Caumo, e os beneficiários assinaram os dois primeiros contratos de compra assistida de casas de até R$ 200 mil para quem teve a casa destruída ou interditada pela enchente de maio.

Conforme o prefeito, Marcelo Caumo, o momento é de alento e esperança para as famílias atingidas.

– É um processo de entrega de casa definitiva para quem perdeu sua casa e estava em aluguel social ou em casas de parentes e amigos. Para que a vida das pessoas realmente possa recomeçar e que 2025 seja de ainda mais entregas para as famílias que perderam tudo – relatou o prefeito.

As famílias assinaram o contrato de compra e já podem providenciar a mudança. Os imóveis são adquiridos pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e têm um limite de preço de R$ 200 mil, com avaliação de um técnico da Caixa Federal.

Recomeço

Lisiane Amanda Herder Neves de Oliveira, que morava no bairro Morro 25, foi a primeira lajeadense a assinar o contrato. Ela foi atingida pela primeira vez nas enchentes de setembro e novembro de 2023, e em maio de 2024 não sobrou nada da residência onde morava.

– O recomeço agora realmente acontece. Encontramos uma casa em Venâncio Aires, longe de áreas alagáveis. Agora, vamos seguir a vida em um novo local, mais seguro – explica Lisiane.

Já Maria de Fátima ficou no telhado de casa, na rua Dois Irmãos do bairro Conservas, em setembro de 2023. Limpou a casa e voltou a morar no endereço, quando veio mais um susto: a enchente de novembro de 2023. Ela e o marido se mudaram para um sobrado no bairro Jardim do Cedro, mas não se adaptaram e arriscaram voltar para a casa própria. Foi quando veio a enchente de maio e destruiu a casa.

Maria de Fátima no dia do seu aniversário assinou o contrato de compra assistida / Fotos: Laura Mallmann / Divulgação

No dia do seu aniversário, um recomeço: ela assinou o contrato de compra assistida.

– Vamos morar em um apartamento na rua Júlio May, perto do Centro, perto do meu trabalho e um lugar seguro. Estou muito feliz. É um presente e tanto. Um recomeço e uma bênção para a nossa família – relatou Maria.

O programa

Esta modalidade de compra assistida integra o Programa Minha Casa, Minha Vida Reconstrução (MCMV), no qual os imóveis têm um limite de preço de R$ 200 mil e não podem estar localizados em zona alagável. Essa modalidade foi criada exclusivamente para o evento adverso do Rio Grande do Sul e busca atender à demanda habitacional.

As famílias habilitadas pelo Ministério das Cidades para recebimento das unidades habitacionais estão sendo convocadas para escolher as moradias cadastradas no portal, com expectativa de mudança, após o registro e formalidades cartoriais.

Esses imóveis são destinados aos beneficiários das faixas 1 e 2 do programa MCMV, com renda de até R$ 4.700.

 

Leia também